A nova economia sustentável.
A teoria econômica descrita por Karl Marx nos célebres e extensos volumes de O Capital revela em suas contradições as aspirações utópicas do grande pensador do século XIX. Nessa obra, Marx descreve como O Capitalista inverte as premissas do sistema financeiro tradicional criando uma fórmula econômica que promove a exploração trabalhista e amplia as desigualdades sociais.
Segundo Marx, a fórmula econômica tradicional é conhecida pela norma M – D – M, assim transcrita: Mercadoria – Dinheiro – Mercadoria. Aonde o produtor de uma determinada Mercadoria vende seu produto para receber em troca o seu valor referente em Dinheiro.
Com o Dinheiro em mãos o produtor pode então comprar novas Mercadorias, que sejam de seu livre interesse.
Mesmo aqueles que não são donos daquilo que produzem podem utilizar a sua força de trabalho como Mercadoria a ser vendida aos empresários e produtores.
A inversão dessa fórmula tradicional seria representada pela norma: D – M – D’, que representa: Dinheiro – Mercadoria – Dinheiro, sendo este último inflado por uma falsa mais valia, que caracteriza o equívoco econômico citado por Marx.
O fato de uma pessoa, ou uma corporação financeira, investirem Dinheiro em uma determinada Mercadoria com o único fim de vende-lá posteriormente por um valor maior, sem agregar nenhum benefício direto ao produto é o que define O Capitalista como o grande vilão do sistema econômico global.
A alta inflação sobre os preços de produtos decorre principalmente do aumento de Capitalistas exercendo esta atividade e da falta de regulação do mercado pelos órgãos do governo. São os vampiros do sistema, criando um amanhã sempre mais caro e injusto para aqueles que dependem do seu honesto salário para sobreviver.
Atualmente, com o advento das sociedades complexas, a nova classe média está se aproximando cada vez mais da classe produtora, adquirindo máquinas cada vez mais baratas e menores, que possibilitam a criação de pequenas e micro-empresas em residências ou em pequenos escritórios.
Com isso, cada vez mais pessoas tem se tornado empreendedoras e donas de seu próprio negócio, eliminando assim a cadeia de sangue-sugas que vive da exploração da força de trabalho alheia.
Com a presença de elos mais independentes no mercado, muitas pessoas estão criando as bases para essa nova economia, que está sendo dominada por pequenos empreendimentos locais e disseminada globalmente pela internet.
Soma-se a esta nova economia as regras da Responsabilidade Social e da Conservação Ecológica e têm-se o modelo da Economia Solidária.
Um modelo econômico construído em rede, partindo do elo mais fraco para o mais forte, criando uma cadeia local de produtores e consumidores que estão alinhados em um propósito comum: construir um mundo ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente sustentável.